Estratégias, conceitos e práticas

UMA UTOPIA DOS CANTOS, BECOS, CENTROS E CAMPOS

O Observatório Popular Cidade do Anjo é uma utopia dos cantos, becos, centros e campos de São Miguel Arcanjo, interior do Estado de São Paulo, Brasil. Uma instituição que caminha em comunidade como um espaço permanente para a produção de conhecimentos de forma compartilhada sobre a realidade para a experimentação de alternativas, de ações e para a realização de projetos que façam sentido às pessoas envolvidas, ao meio ambiente e às comunidades.

UMA LUTA INTRANSIGENTE E RADICAL PELA AFIRMAÇÃO DA VIDA HUMANA E COMUNITÁRIA

O OPOCA se organiza da ação e da reinvenção criativa de jovens, crianças, mães, mulheres e homens que constroem no cotidiano, em meio a violências de todos os tipos, simbólicas e materiais, suas práticas, experiências, estratégias e conhecimentos que possibilitam a sobrevivência, geram resistências, solidariedades e alternativas, assumindo, nesse entrelaçado de forças e emergências, o fio condutor para repensar as relações e as ações nos espaços e tempos habitados, revelar as hierarquias entre os poderes, instituições e saberes e desenvolver ações culturais, artísticas, ambientais e políticas que afirmem a dignidade humana.

SÃO DOIS OS OBJETIVOS GERAIS DO OPOCA

Potencializar a nossa capacidade crítica como comunidade para desestabilizar as práticas existentes e monoculturais de saber que produzem e reproduzem as violências e os silenciamentos políticos, sociais e culturais para a experimentação permanente de alternativas, de ações e de projetos que afirmem a dignidade e o desenvolvimento da vida humana, ecológica e comunitária.

VALORES

Ética, Solidariedade, Coletividade, Justiça, Diversidade, Comunidade, Cuidado.

CONCEITOS E ESCOLAS-CHAVE

Pós-colonialismos, Decolonial, Justiça Cognitiva, Homo Serviens, Pedagogia do Oprimido, Ética da Libertação, Política da Libertação, Epistemologias do Sul, Biologia do Conhecimento, Trabalho Terapêutico de Rede.

COMO CAMINHAMOS

O OPOCA é uma Instituição de organização em comunidade para a pesquisa e para a atuação que objetivam encontrar caminhos para o fortalecimento da democracia e a superação das desigualdades e dos silenciamentos culturais, políticos e sociais.

CONSTRUÇÃO DE JUSTIÇA COGNITIVA

Para o OPOCA, a produção de conhecimentos nascidos das gentes e de suas experiências sociais, desloca o sentido da produção do saber, integra o cruzamento de vários saberes e representa um projeto social e político de transformação das relações sociais enquanto postula um projeto epistêmico e metodológico alternativo de elaboração de conhecimentos que é, por fim, um fundamento e uma formulação para a construção de justiça social.

Este processo é a base para a construção de democracias e é com este objetivo que o Observatório Popular Cidade do Anjo atua para o desenvolvimento de um caminhar nascido das gentes, dos saberes e das práticas de saberes do cotidiano para qualificar em comunidade e de maneira compartilhada as compreensões sobre as realidades e sobre as ações capazes de possibilitar alternativas às violências políticas e culturais que afetam os diversos âmbitos da vida humana em São Miguel Arcanjo.

A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS NOS ESPAÇOS EM QUE A VIDA ACONTECE

O OPOCA, nesse sentido, se propõe como um espaço privilegiado para o diálogo e para as aprendizagens que objetivam, no cotidiano, qualificar a capacidade de criar em comunidade alternativas para a construção de justiça social. Para tanto, caminha através de encontros, estudos e diálogos – as Rodas de Encontros – para elaborar, produzir e influenciar políticas públicas e para o desenvolvimento de ações e projetos em seus espaços permanentes de pesquisa, experimentação e atuação: Cultura, Educação, Sustentabilidade e Direitos Humanos, assumindo, como eixo transversal, o enfoque de gênero, classe e raça.

RODAS DE ENCONTROS

As Rodas de Encontros são espaços de discussão, debates e de estudos para o exercício de uma ecologia cotidiana de saberes e para a produção de conhecimentos em que a ciência humana ou social crítica se integra, articulada ou organicamente, à reflexão prática, aos saberes e aos conhecimentos das comunidades envolvidas.

Nesse processo, o exercício das Rodas de Encontros terá duas tarefas prioritárias: a) a crítica científica da eticidade vigente (seja norma, ato, instituição ou sistema), como o momento negativo ou de razão crítica desconstrutiva e; b) a projeção criativa, que é a função crítica em seu momento positivo e a própria postulação para a superação das violências e para experimentação de alternativas às realidades.

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